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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Por Lúcio Flávio Pinto . 25.08.10 - 13h42


O açaí é nosso. É?

O roubo de sementes de seringueira é apresentado até hoje como o mais grave caso de biopirataria da história da Amazônia. O inglês Henry Wickham, que ganharia título de nobreza pela façanha, é acusado de contrabandear para a Inglaterra duas toneladas de sementes da Hevea Brasiliensis.
Aclimatadas em Londres, foram plantadas na Ásia. O plantio deu tão certo que a Amazônia, fornecedora monopolista de borracha na transição do século 19 para o 20, foi para o rabo da fila dos produtores e nunca mais recuperou a antiga posição. O Brasil deixou de ser auto-suficiente e a Amazônia nem é produtora significativa no mercado interno. Tudo por culpa de um inglês astuto e imoral.
A indignação de hoje é a mesma de quase um século atrás, quando as colônias asiáticas das potências européias passaram a inundar o mundo com borracha incomparavelmente mais barata e abundante.
Na verdade, não houve contrabando. Wickham despachou a carga pelos meios legais e até patrocinou um convescote antes do embarque, em Belém, com a presença de autoridades e pessoas gradas da sociedade local. Há provas suficientes e convincentes do fato. Mas se a Inglaterra, a maior potência da época, precisasse roubar as sementes, certamente não se inibiria.
A quantidade e os preços da borracha amazônica eram incompatíveis com a escala de desenvolvimento que a indústria estava em condições de seguir. O que a empacava era a crise de oferta e os valores abusivos cobrados em função do monopólio. Os brasileiros até desdenharam a empreitada de Wickham. A árvore da borracha não era nativa da região? Como podia dar melhor em outro lugar? Impossível.
Não era, provou a história, reconstituída com lucidez pelo americano Warren Dean no já clássico “A Luta pela Borracha no Brasil”. Se a natureza foi pródiga (mas também caprichosa) na tessitura do ambiente físico na Amazônia, foi fatal em relação à Hevea Brasiliensis. A árvore atinge um porte atlético, com até 50 metros de altura, e uma fecundidade excepcional apenas nas condições naturais, dispersa no meio de muitas outras espécies.
A biodiversidade, quintessência do valor natural amazônico, hoje tão exaltada, mostrou-se fatal sempre que se tentou adensar seringueira na mata. E o adensamento era indispensável para aumentar a produção e a produtividade, sem o que ficou impossível concorrer com os plantios asiáticos.
Adensada, a seringueira é atacada pelos fungos, que a tornam estéril. Henry Ford amargou essa constatação ao formar seus plantios no vale do rio Tapajós, no Pará. Depois de 17 anos de experimentos, ao custo de muitos milhões de dólares, desistiu e foi buscar seu suprimento na Ásia. A ecologia se revelou implacável com as tentativas de enriquecimento de seringueira na Amazônia.
Qualquer pessoa minimamente informada não tem mais dúvidas a respeito. No entanto, a maioria prefere continuar a acreditar que o colapso da borracha, antes da crise do café, resultou de uma conspiração do imperialismo. As iniciativas de contar a história real também nada mais seriam do que a persistência do mesmo interesse estrangeiro, através dos seus porta-vozes mercenários.
Essa posição tem impedido a sociedade, como em outros episódios da história da Amazônia, de enfrentar e superar os problemas que cotidianamente se impõem à região. O prejuízo dessa mistificação é enorme porque a Amazônia é a mais internacionalizada das regiões brasileiras e a mais tardia na integração à nacionalidade. Sua incorporação física tem apenas meio século e ainda não está completa (de certo modo, felizmente).
O erro fatal cometido em relação à borracha pode estar se repetindo no caso do açaí. As reações dos leitores à coluna anterior, com mensagens perspicazes e provocativas, além de enternecedoras e gentis, mostram que a sociedade está a reboque dos fatos consumados. O governo vem ainda mais atrás, se é que está acompanhando a dinâmica histórica.
O descompasso entre os fatos criados pelos agentes dessa história, atuando sem coordenação e sem apoio ou regulação, pode provocar efeito – não semelhante, mas comparável – ao crack da borracha, que se seguiu, em tão curto intervalo, ao seu boom.
São numerosos e complexos os problemas que precisam de solução para evitar as previsões feitas por muitos leitores: que o açaí deixará de ser produto genuinamente amazônico (e, sobretudo, paraense) e que os maiores ganhos serão obtidos por atravessadores e comercializadores, fora dos limites regionais (e até nacionais).
É preciso, primeiro, ter uma idéia da grandeza da economia do açaí. Para o produtor, ele representa algo como R$ 2 bilhões. Colocado à mesa do consumidor, esse valor se multiplica, no mínimo, três vezes. Pode chegar a R$ 6 bilhões. Não há fruta que renda tanto.
Frutas típicas não faltam na Amazônia. Uma sorveteria se tornou célebre em Belém porque oferecia 103 sabores de sorvetes, em sua maioria de frutas nativas e únicas. É espantoso que a estrutura governamental não contemple um instituto do açaí ou de frutas tropicais. É uma fonte de receita que já é muito significativa agora e pode se tornar grandiosa nos próximos anos.
Claro que a política oficial não pode ser montada num dia para se completar no outro. O maior desafio na Amazônia é criar conhecimento científico. A dificuldade está em dispor de verba para sustentar a frente do saber tanto quanto em estabelecer uma postura adequada sobre a complexidade regional. Um conhecimento superficial é passaporte para uma atividade efêmera, conforme mostram numerosos casos do passado.
Mal circularam informações sobre o poder cicatrizante do óleo da copaíba e já eram comercializadas cápsulas a granel. O efeito tóxico do óleo, nocivo para o aparelho digestivo, se contrapôs ao seu poder curativo. Não houve pesquisa suficiente sobre os princípios ativos da essência para a formulação de um medicamento completo.
A investigação científica sobre as frutas amazônicas, e em particular o açaí, é incapaz de responder sequer às indagações feitas pelos leitores desta coluna. Menos satisfatórios ainda são os dados sócio-econômicos, necessários para montar uma base econômica, industrial e comercial para o produto.
Personagens que se encontram nas várias etapas do processamento do açaí acumulam conhecimentos específicos que lhes dão expertise e maestria no que fazem. Por isso há pessoas ganhando muito dinheiro com a exploração da palmeira – e não só para extrair o suco: há o apreciado palmito, o uso da palha, o artesanato criativo e bonito.
Do açaí, nada se joga fora. Mas o retorno é desigual e injusto: só favorece a alguns. E pode prejudicar a maioria, que aprecia tomar o vinho puro e grosso, a sua melhor forma e seu paladar superior.
Como conciliar o consumo interno com a crescente exportação? Como difundir o “verdadeiro paladar do açaí”, conforme observou um leitor, em meio a manipulações tão diversas – e legítimas, porque atendem a demandas de consumidores distintos?
Se quem pode decidir, ao invés de fazer a parte que lhe cabe, espera por decisões vindas da regulamentação automática do mercado (esta, uma ficção), dificilmente o açaí terá desfecho melhor do que o da borracha. Não por fantasias utilitárias, mas por efeito da ação – às vezes cruel – do mercado.
A propagação dos casos de doença de chagas associados – como consequência automática – ao açaí tem função invertida à do contrabando da borracha. Ao longo de séculos em que os paraenses tomaram diariamente seu vinho de açaí, a doença não existia. Hoje existe e é real. Não pelo açaí em si, mas pelo crescimento do consumo sem o acompanhamento da higiene. A pasteurização, que seria a resposta automática, esbarra no dano que causa ao melhor paladar da fruta e na cultura local.
O problema existe, a causa é clara e a solução está ao alcance. Só falta a vontade de fazer melhor. Este é o produto mais em falta na Amazônia – e no Brasil.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Não-aceitação

Tenho estado triste, descontente,culpando tudo e a todos, longe da postura de buddha...
Lições da vida, momentos difíceis, pergunto-me: por que? Um agarrado ao outro, fraqueza, um desaba, tudo desaba...
Mas, onde caimos? Há queda? No que, onde, em que nível e de qual nível???
De fato não há queda! Não existe alto e baixo de fato. Existe a percepção condicionada desses antagônicos, entretanto, eu preciso entender que eu faço parte, há um todo e há leis universais, há mente! Assim, se eu subo alto e vou até as nuvens das mentalidades, quando quiser pôr os pés no chão não haverá o chão, mesmo ele estando sob meus pés, e não haverá um "red bull" para me dar asas, eu não tenho asas, não faz parte da minha natureza, no máximo posso construir minha imaginação que por si só já é um grande feito.
Finalmente, não há mente, não há leis, não há um todo, o que há quando sinto o vazio? Por enquanto há apenas minha desarmonia com esse sentimento sagrado...

domingo, 15 de agosto de 2010

O QUE SOU



TRANSFORMATIVIDADE
TUDO EM MIM SE TRANSFORMA
TENHO ESTUDADO A ARTE DA GUERRA, O TAO, O ZEN HÁ ALGUNS ANOS
SOU NASCIDO NESSA TERRA E TENHO RELAÇÃO COM ELA
PRATIQUEI KUNG FU, TAI CHI E BOXE CHINÊS COM AMARILDO (ALUNO MAIS ANTIGO DO MESTRE TSAO) E COM O PRÓPRIO MESTRE TSAO, BENÊ (EX-LUTADOR E TÉCNICO DA SELEÇÃO BRASILEIRA DE WU SHU), ESTOU COM O MESTRE CHAN KAWK WAI ATRAVÉS DO CHAN A PO, OU SEJA, ESTOU EM CONTATO COM A ELITE DA LINHAGEM SHAOLIN NO BRASIL. TREINO JIU JITSU BRASILEIRO ATUALMENTE COM O A EQUIPE MAROMBA. MOREI EM ACADEMIA, DORMI EM TATAME, LUTEI, SUEI, CHOREI E SORRI. ESTUDEI E ESTUDO, MUITO!!! FAÇO SINAPSES QUE INTERCONECTAM TODO MEU APRENDIZADO E OFEREÇO ISSO QUE ME É SAGRADO AOS MEUS ALUNOS. HOJE O QUE EU OFEREÇO É ÚNICO E MEU CAMINHO DE DESENVOLVIMENTO NÃO TEM FIM. TENHO CONTATO COM MESTRES DO RE-LIGARE COMO MONJA COEN E SEVERINO ANTONIO, OS QUAIS AMO COM MAIOR INTENSIDADE COMO AO MEU PRÓPRIO PAI E MINHA PRÓPRIA MÃE. TENHO UM IRMÃO MARAVILHOSO QUE AJUDA A TODOS E TENHO AMIGOS ESPECIAIS E MUITOS DELES ESTÃO REPRESENTADOS AQUI. SOU GRATO AO UNIVERSO QUE SOU!!! QUEM SABE UM DIA EU POSSA DIVIDI-LO DE ALGUMA FORMA COM VC. :) Raghupati Raghav raja Ram, patit pavan Sita Ram
Sita Ram Sita Ram,Bhaj pyare tu Sitaram / Ishwar Allah tero naam, Saab ko Sanmti de Bhagavan 

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

TANTRAAAAAAAHHHH!!!

Finalmente, como budista, consigo entender hoje a mensagem do Rajneesh (Osho) quando explica o que é o Tantra. Ele diz que Tantra é não-negação, é aceitação. Aceitar o que é como é, aceitar a vida, aceitar as "tentações", aceitar o bem, tanto quanto o mal. Aceitar os impulsos, não lutando contra eles. Esse aceitar Tântrico é marcado por uma consciência profunda onde não há mais recalque. Não há mais dogmas intrínsecos. Não há mais "regras" e imposições da sociedade sobre a sua manifestação-vida. Voce é o que é como é e com consciência plena disso. Sei quantas mentalidades condicionadas e não-realizadas deturparam a imagem do que é Tantra. Isso acontece da mesma forma com o verdadeiro significado de vida de Jesus. Mas é bem simples entender o Tantra sob o prisma do mito budista, pelo menos pra mim hoje.

Tantra e Yoga são percebidas pela mentalidade comum como duas formas de canalização da energia humana. A Yoga é marcada por uma certa resistência aos impulsos, também pela ação e pelo controle. Tantra é marcado pela espontâneidade, pela não-resistência, pela não-luta.

Todavia, a imagem que a maioria dos ocidentais têm do Tantra vem do "sexo Tântrico", como forma de criatividade postural ou um tipo de "safadeza" voltada apenas ao prazer já que fala de liberação e não-recalque dos impulsos sexuais. Mas não é bem assim. O sexo verdadeiramente Tântrico não é algo extrínseco e sim intrínseco aos que são verdadeiramente realizados ou por aqueles que puderam experimentar uma forma de realização mesmo que por momentos.

Vou usar o exemplo de Gandhi e depois o de Buddha.

Gandhi não lutou contra os ingleses para libertar a India da dominação. Nem por isso recalcou um desejo de lutar. Ele simplesmente realizou uma consciência superior. Ele não lutou, aceitou as ofensas, as ameaças a prisão, ou seja, aceitou tudo como era naquele momento, mas continuou realizando a consciência que ele era. A consciência é muito mais que a soma das experiências vividas e as opções diante das experiências e possibilidades. Tantra é realização. O fato é que para se chegar a realização tem de ter havido um processo, esse processo é a Yoga. A verdadeira mensagem de Rajneesh (Osho) é apenas que não haja apego à Yoga nem ao Tantra como conceito. É preciso experienciar, experimentar.

Buddha praticou Yoga quando saiu da vida "tântrica" de principe, onde ele naturalmente estava experimentando prazeres como sexo, comidas extravagantes, etc. Até perceber que vivia numa "prisão" mental. Estava totalmente "empanturrado" daquela realidade!!! E assim, fez a coisa mais digna que o ser humano pode fazer: LANÇOU-SE NA INCERTEZA, NO DESCONHECIDO! Com coragem e certamente muito medo, fugiu do castelo ou residência, mas mais do que isso, saiu daquela realidade que aprisionava sua mente. Naturalmente, de acordo com sua consciência e opção, Buddha viveu entre os Saddhus (pessoas que abandonam tudo e vivem nus em florestas praticando controle da fome, dos impulsos sexuais, etc.). Isso é Yoga, ou seja, quando a vontade é a energia mestra.Sua relação com o Tantra reside justamente aí!!! Porque a Yoga só será Yoga se essa energia da vontade for direcionada à realização.

No mito budista se diz que após ter se iluminado, Buddha foi, naturalmente, testado por inúmeras formas de tentações, e um detalhe importante é que ninguém me contou que ele RESISTIU a essas tentações. Ele simplesmente permaneceu calmo e sereno, aceitando toda aquela realidade com uma consciência, naquele momento, superior. Com um leve sorriso no rosto, ele já não tinha mais medo, o medo faz com que muitas mentalidades não consigam permanecer e desfrutar a realização e assim, sem mais medo da morte, da solidão, das doenças e com muita compaixão no coração, Buddha realizou-se e isso é Tantra. Percebam, ele com certeza foi tentado sexualmente mas não se recalcou, nem tampouco se meteu nos prazeres inconscientemente, pois mesmo se o fez ou tivesse feito, o teria feito com nova consciência e num caminho que incondicionalmente sempre o guiaria para a realização. ISSO OCORRE SEMPRE COM TODO SER, MESMO O MAIS LOUCO QUE ESTEJA AGORA NUM MANICOMIO OU PRISÃO. UMA VIDA NÃO LIMITAÇÃO. UMA VIDA É INFINITO. CONSCIÊNCIA.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Meu novo projeto de idéias: "O IMPÉRIO DO FALO"

Sub-título: "Nunca deixe seu falo falar mais alto!!!"

Mostra o falo como Imperador da vida do Ser, subjulgando-o. A mulher-forma como sua conselheira, em relação, como por exemplo, com a indústria pornográfica. Neste caso a conselheira domina o Imperador que apenas tem reações impulsivas e ignorantes. Conselheiras comandadas pelo inimigo podem acabar com o Império e, portanto, com o Ser, que é o verdadeiro alvo do inimigo.
Ser, acorde!!! Subjulgue seu Imperador porque ele só tem apenas um olho, e esse olho é o verdadeiro olho de  "Sauron" (como no senhor dos anéis), é o olho da destruição do Ser. ACORDE!!!

segunda-feira, 8 de março de 2010

Frases Túlio de sabedoria-minuto

Agora não basta apenas que haja a inclusão social, é preciso que o social queira se incluir!


Dia da mulher? Penso: estranho, se não fosse a existência da mulher como os homens fariam para se reproduzir? Botariam ovo? Será que os machões idiotas nunca pensaram nisso???

segunda-feira, 1 de março de 2010

Percepção do TAO da minha prática...



Eu pratico artes marciais desde os 8 anos de idade. Comecei com Judo e aos 13 iniciei no Kung Fu.
Na academia de Kung Fu haviam muitas imagens que eu achava interessantes e me chamavam a atenção, procurava entende-las, mas, os dogmas da religiosidade católica que me foram ensinados me causavam a sensação de um certo temor. Por isso, por algum tempo, aquelas imagens não passavam de imagens que eu tolerava.
Mas, com o passar do tempo, na medida em que eu ia me aprofundando na arte, graças à confiança inabalável que o mestre transmitia, eu fui me encorajando a entender o que aquelas imagens significavam.
Dragões, Fenix, Buda, mestres do passado, do presente...
Tudo isso culminou no meu estudo atual dos símbolos através de Jung.
Descobri relações sagradas entre oriente e ocidente e, assim, uma separação que até hoje deixa "aleijados" milhões e milhões de pessoas (mentalmente), foi sendo curada em mim.
Hoje entendo os fundamentos da humanidade. As motivações que levaram ao desenvolvimento dos símbolos. As relações entre as culturas e o inconsciente coletivo.
Para mim, tirando o fato do mito "Coca-Cola", moderno, está muito clara a relação simbólica entre o Buda "Mi lo" ou Maytrea, aquele buda gordinho que significa fartura, compaixão, doação, com o nosso Papai Noel. São simbolos similares, com os mesmos fundamentos. A unica diferença é que aqui nós cultuamos Papai Noel num dia específico, e os orientais cultuam o Maytrea todos os dias. Mas são diferenças externas somente!
Continuando com minhas percepções e aprendizados, praticar artes marciais para mim hoje em dia se tornou algo tão refinado em sabedoria e conhecimento, que percebo que isso não tem mais fim. Cada vez aprendo mais, e realizo mais.
Aprendi que na profundidade da sabedoria, artes marciais, como caracterizado na China antiga como "wu shu", tem muito menos relações simbólicas com o deus Marte, da guerra, do que com Atenas, a deusa da justiça e da sabedoria.
Ela é o símbolo ocidental mais coerente com o símbolo da arte e ciência mais profundas de combate do oriente!
Como professor, ou transmissor, aprendi o quanto é necessário manter "os pés no chão" quando for aprender uma arte oriental. É preciso ter identidade, personalidade e, ao mesmo tempo, neutralizar o EGO. Ou seja, é preciso ser brasileiro, conhecer a própria cultura, participar dela, desenvolve-la e ao mesmo tempo, ter a humildade necessária para aprender coisas completamente diferentes, externamente.
Já que isso é externo, mantendo esse contato sagrado com o interior verdadeiro, não há o risco da submissão e perversão cultural, lavagem cerebral, etc, que podem ocorrer na transmissão intencionada, negativa, aprisionante.
Para mim, as formas que aprendo no Kung Fu são música. Lembro de quando comecei a aprender piano, e sempre começamos aprendendo os fundamentos básicos das notas, harmonia e com isso vamos aprendendo músicas fáceis de autores consagrados e, assim, vamos desenvolvendo e aprendendo músicas mais difíceis.
Todavia, devido ao meu grande gosto pela espontaneidade, como na música indiana, que incentiva o músico a improvisar, criar, ou seja, incentiva a criatividade, assim, leciono a minha arte. Incentivando meus alunos a serem criativos, a criarem suas formas dentro dos fundamentos que aprenderam. Acho excelente!!!
Gosto do jogo da luta, uso o san shou, as armas, o tui so, o Jiu Jitsu para isso. Gosto de desenvolver as habilidades, uso o Tai Chi, o "parkour" para isso...Muito bom!!!
Estou plenamente satisfeito com o meu caminho como praticante-professor. Estou plenamente satisfeito com as fontes que hoje busco.
TAO.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Minha Essência Musical

Hoje, conversando com um amigo, fui questionado sobre o por que não montava uma banda de rock para ganhar dinheiro? Tendo eu participado em outras épocas de algumas bandas, algumas até mesmo fazendo um certo sucesso hoje em dia, e, através do meu grande gosto por musicalidade, a sugestão do meu amigo seria realmente sugestiva se não fosse pelo seguinte:
1- Hoje em dia, quase que exclusivamente, tenho ouvido músicas tradicionais e modernas, relacionadas, como, por exemplo, Krucis na Sítar tocando um Raga (músicalidade indiana) com improvisações da música tradicional, caipira, etc, brasileira. Já ouvi coisas parecidas somadas a instrumentos eletrônicos, ou com bateria, guitarra, violão...
2- Para mim, música é algo que, para quem desenvolve, é transmitida. Nada se recebe, a não ser a mensagem de que está acontecendo a transmissão. Isso se dá em tempo real;
3- As letras para mim tem que ter haver com algo de imaginário ligado a algo concreto, que faz parte da experiência do autor, mas de uma forma profunda, simples e direta;
4- Estou maduro...

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

QUAL É A NOSSA TRADIÇÃO????

Mais um carnaval se passa. Os anos passam. Nossa vida passa. Mas tudo passa, tudo passará...
Como as coisas passam é que tem sido o alvo principal do meu pensamento. Como são nossas experiências, nossos momentos?
Carnaval, o que é? Como é? Qual é o fundamento?
Bom, focando nisso, em como é a passagem real, sei que nos dias dessa festa, coisas marcantes  como a desigualdade social, a diferença entre as festividades nas ruas e nos salões de clubes, a experiência de ter passado próximo de muitas crianças bebendo, se roçando e com certeza praticando sexo, brigas nas ruas, policiais sendo xingados em palanque por não atuarem e estarem flertando, ter sabido de uma confusão em Ubatuba que envolveu tiros, um suicídio na linha do trem na minha cidade, e essas serem coisas normais nessa fase de falsa festividade...tudo isso me fez concluir realmente que essa festa é infelizmente errada, desequilibrada.
Como seres humanos buscando a verdadeira felicidade, deveríamos entender que nessa fase tópico Yang, de calor, verão, etc, deveríamos seguir um ritmo inverso para equilibrar. Deveríamos ser mais sutis, mais resguardados, mais Yin, retirados...
Quem faz isso está no caminho certo!!! Passa longe desse caos...Já na fase natural mais Yin, devemos realizar festividades, como a festa junina, com quentão, vinho...pipoca...MUITO BOM!!!
O fato é que nossa cultura está equivocada, atrasada em relação à sabedoria oriental. Temos que aprender certas coisas e modificar outras...
Fico observando aqui próximo de casa, o riozinho que foi recentemente limpo por um grupo de ativistas ambientais. Ficou lindo. Era imundo. Agora vibra de vida! E o que acontece??? Pessoas de baixa classe social chegam aos montes para pescar, cavam na borda do rio para pegar minhocas, estragam as margens, jogam lixo no chão e pescam aos montes peixes de todos os tamanhos. Estão loucas em comer algo, provavelmente com sua cerveja. Por que não plantam??? O que são essas pessoas para a consciência humana? Excesso de contingente??? O que será dessas crianças que, como vi no carnaval, já estão praticando sexo, bebadas, e gerando novas vidas sem base, sem tradição...Uma vez ouvi de um filósofo: "povo sem tradição é coveiro de si mesmo".
QUAL É A NOSSA TRADIÇÃO??????????

domingo, 31 de janeiro de 2010

VERDADES QUE EU ENXERGO NAS PROFUNDEZAS DA VIDA

Competitividade faz parte da vida. Hoje me conscientizo que sim: é preciso competir!
Ok, que dá pra imaginar um mundo cooperativo, viver um mundo cooperativo...Sim, dá! É possível!
Todavia, não devemos nos esquecer que viver é, metafóricamente, como equilibrar-se numa corda bamba. E nessa corda, toda vibração que gera feixes de luz como quando vibramos uma corda em nossas mãos e vemos reflexos dos movimentos, é a vida "material" que conhecemos, ou seja, toda vibração dessa "corda" é o universo conhecido por nós seres de três dimensões. A competitividade está aí! Ela é o balanço da corda. 
Os indianos falam disso e vivem isso no "OM", ou vibração primordial, mas de uma maneira integrada, filosófico-prática, entendendo a vibração.
Nesse balanço da "corda" que somos, parece que muitas vezes, como uma corda de violão que estoura, perdemos a consciência da individualidade. E nossa música-vida se esvai. Enquanto outras melodias e cordas infinitas continuam a música-vida-consciência.
Hoje estava vendo na tv a Gisele Bundchen. Seu esposo: um grande astro do futebol americano.
Muito legal saber que o parto dela foi natural, que ela praticou muito Yoga e meditação para ter seu filho em parto natural.  Legal ver o cuidado. Seria diferente? A vida é também seletividade.
Uma top model, um astro do esporte americano, um parto normal, sem dor, sem choro: O FANTÁSTICO DA GLOBO!!!
Todas essas egrégoras serão melodias da eficiência da vida? Serão individualidades unidas para se equilibrar diferencialmente na "corda"-universo???
Automaticamente, penso em mim. Nasci de cesária...Bom, meu avô chorou muito...
Quem sou eu, como equilibrista nessa corda-universo??? Como minha individualidade se posiciona??? Conseguirei EU gerar um esforço tão inigualável que seja capaz de modificar a vibração da corda-universo, gerando novos reflexos simbólicos??? Gandhi o fez. Einstein o fez. Hitler o fez. Credo...negativamente não!!!
A verdade é que o "material" universo que somos, carbono, água, etc...é uso. É emprestado. E a cada filho que nasce no mundo de uma "família" humana, o material-universo é usado. Como? Emprestado! Em detrimento de que??? Das árvores que já não existem, animais, etc...A quantidade de material-universo nesse planeta é limitado. Claro!!!
Assim, os "eficientes" (Gisele Bundchen e outras figuras que vivem figurando a revista Caras(rs), etc) vão sobrevivendo materialmente, através da disciplina, da vontade... Os mais simbólicos (Gandhi, Einstein, etc..) vão sobrevivendo simbólicamente. E Eu???
1 em 100000000???

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Nhoque da vó!!!

Como se sentir abraçado com carinho e afeto,
cada movimento maxilar
a língua prova com gosto
o saboroso

Nada mais seria tão gostoso
Se não fosse o amor da vontade
A vontade de amar, de fazer viver
Nhoque da vó

Que delicia!!! Todos sabem
Todos os netos que vi nascerem
Adoro estar com todos
em ceia-comunhão

Monique, Mateus
Simone, Murilo
Mãe, tia
Tio, pai
Tudo se resume
Nhoque da vó!!!

(Túlio)

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Platão, um amigo?

Já viu daqueles golpes de judô, os quais a pessoa é atirada ao ar com muita energia?
Bom e velho amigo Platão! Adora essas artimanhas...

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Sentimentos...

Quando nada mais puder te tocar
Quando tiver alcançado a mais divina paz interior
por favor!
volte!
preciso te respirar...

Divida comigo tua luz
me tire da sombra
essa profundidade que me abarca está me afogando
em delírios de amor escarlate

Arvore ereta que perfaz a terra
do céu azul traz sua beleza verde
do céu tempestuoso, satisfaz sua fome
do Eros te refaço em minha sede
azul

Não é o teu corpo
Não é o teu quadril-nuvem
Não são teus lábios em sorriso-portal
É a experiência sonhada
do toque
da dança
do amor

Há de haver ao menos um olhar teu que me abrande
Há de haver ao menos um sagrado compasso da tua língua em meu nome
Se não fosse a energia poderosa que vem dessa natureza
Toda escuridão seria finalmente
Sentimentos...

(Túlio)

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

ATENÇÃO ao que Jung diz no V Sermão, seu livro "Memórias, Sonhos e Reflexões", pág. 339:



"O mundo dos deuses se torna manifesto na espiritualidade e na sexualidade. Os celestes aparecem na espiritualidade, os terrestres na sexualidade.
A espiritualidade concebe e acalenta. É feminina e por isso a chamamos de MATER COELESTIS, a mãe celeste. A sexualidade gera e cria. Masculina, a chamamos de PHALLOS*, o pai terrestre.
A sexualidade do homem é mais da terra; a da mulher, mais espiritual.
A espiritualidade do homem é mais do céu, vai para o mais vasto.
A da mulher, mais da terra, vai para o mais ínfimo.
Mendaz e diabólica* é a espiritualidade do homem que vai para o mais ínfimo.
Mendaz e diabólica é a espiritualidade da mulher que vai para o mais vasto.
Cada uma deve ir para seu próprio lugar.
O homem e a mulher, quando não dividem seus caminhos espirituais, tornam-se diabos* um para o outro, pois a natureza da criatura é a individualidade.
A sexualidade do homem tem curso terreno; a da mulher, espiritual. O homem e a mulher, quando não distinguem sua sexualidade, tornam-se diabos um para o outro.
O homem conhecerá o menor, a mulher o maior.
O homem se distinguirá da espiritualidade e da sexualidade. Chamará à espiritualidade Mãe, colocando-a entre o céu e a terra. E à sexualidade Phallos*, colocando-o entre si mesmo e a terra. Pois mãe e Phallos* são demônios super-humanos que revelam o mundo dos deuses. São para nós mais afetivos que os deuses, por terem maior afinidade com nossa própria natureza. Se não vos distinguirdes da sexualidade e da espiritualidade e não as considerardes de uma natureza além e acima de vós, então vos entregareis a elas como qualidades do pleroma*. A espiritualidade e a sexualidade não são qualidades vossas, nem coisas que possuís e contendes, mas que vos possuem e contêm; pois são demônios poderosos, manifestações dos deuses e, por conseguinte, coisas que vos ultrapassam, existentes em si mesmas. Nenhum homem tem espiritualidade ou sexualidade próprias. Mas coloca-se sob a lei da espiritualidade e da sexualidade.
Nenhum homem, pois, escapa desses demônios. Deveis considerá-los como demônios que têm uma tarefa e  riscos comuns, carga comum que a vida vos legou. Assim a vida, para vós, também é tarefa e riscos comuns, como são os deuses, e, acima de tudo, o terrível Abraxas*.
O homem é fraco, portanto a comunhão é indispensável. Se vossa comunhão não estiver sob o signo da Mãe, então está sob o signo de Phallos*. Nenhuma comunhão é sofrimento e doença. A comunhão em tudo é desmembramento e dissolução.
A individualidade leva ao isolamento. O isolamento se opõe à comunhão. Mas por causa da fraqueza do homem contra os deuses e os demônios e sua lei invencível, a comunhão é necessária. Portanto deve haver tanta comunhão quanto for preciso, não por causa do homem, mas por causa dos deuses. Os deuses vos forçam à comunhão. Quanto mais vos forçarem, maior será a necessidade de comunhão, maior o mal.
Na comunhão, que cada homem se submeta aos demais, para que seja mantida; pois precisais dela.
No isolamento, um homem será superior aos demais, para que todos possam vir a ele e evitar a escravidão.
Na comunhão haverá continência.
No isolamento, prodigalidade.
Comunhão é profundeza.
Isolamento é elevação.
A medida certa na comunhão purifica e preserva.
No isolamento, purifica e aumenta.
A comunhão nos dá calor, o isolamento luz."

(*) glossário:

Phallos: falo



nome masculino
1.
representação do pé(ê)nis em ereção como símbolo de fecundidade
2.
pé(ê)nis
(Do gr. phallós, «falo», pelo lat. phallu-, «id.»)
Diabólico: inverso de simbólico.
1. Aquilo que dualiza, que separa. (Diabo)
2. Ação que gera caos, desordem.
3. O inverso do sentimento de conexão cósmica.
Pleroma (πλήρωμα em Grego Koiné) é considerado como Plenitude, o Todo, Tao, Brahman, Ain Soph. Acredita-se que sua definição esteja além da compreensão humana, pois os antigos gnósticos o descrevem como o Nada. Entretanto não é o mesmo Nada que nós estamos acostumados a idealizar, mas sim algo que está além da percepção humana, um Estado de não-ser, algo divino, além do Ser. De onde os Deuses nascem, são conscientes da sua divindade e começam a ter noção da grande obra do Inefável, o Infinito, o Universo e do mesmo. Por fim, denotando o pleno, ou campo transcendente da realidade divina, do qual, por emanação, toda existência manifesta-se, originou e para onde está destinada a voltar.
A palavra Abraxas (ou Abrasax ou Abracax ou Abras-Gowt) era gravada em certas pedras antigas, chamadas Pedras Abraxas, usadas comoamuletos por seitas gnósticas. Acreditava-se que Abraxas era o nome de um deus que incorporava o Bem e o Mal (Deus e Demiurgo) em uma única entidade, representando o Deus monoteísta, único, mas não onibenevolente (como por exemplo o Deus Cristão). Abraxas já foi considerado um deusegípcio e um demônio. Esta é possivelmente a origem da palavra abracadabra ou abracaduminus, apesar de outras explicações existirem.


sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Quando deixamos a "Wilson" pra trás para andar só!!!


Sempre especial
Nada mais, menos flamejante
coração que arde dentro
uma ardência gostosa que esquenta e faz pular

Na mente sem cima
fico deitado parado no chão
e o coração bate, bate e bate sem parar
A "Wilson" se foi e eu estou de volta; andar

o caminho se faz ao caminhar
caminhante eu sou de lá pra cá
cruzo o rio nadando
baleia elefante

Vejo uma imagem
uma luz no começo do túnel
quem disse que a luz tem que estar sempre no final?
O final já se acabou há tempos, no inicio a luz está me esperando;
nova

Adeus "Wilson" para sempre Adeus!
Me alimento da ilha, vivo da ilha
mas agora
mais agora do que nunca
uma embarcação chega no´rizonte
é eu mesmo vindo me buscar...

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Sem explicação: Amar


Esse Blog é sagrado, só escrevo nele em momentos especiais. Momentos em que minha consciência está inquieta, investigando, observando, sentindo, sentindo...sentindo.
Não escrevo nele quando tudo está bem e tranqüilo, mas sim quando há uma crise, um momento único...
Nesse momento sinto-me como uma foz. Águas, as mais diversas do espírito, desaguam em quedas profundíssimas...Momentos em que um olhar machuca mais que uma espada, e que uma promessa promete mais do que a ressurreição.
Não há nada mais que a realização. Viver é isso, às vezes há desamparo, estamos fora do nosso centro...
No momento estou desamparado, uma morte, um final de relacionamento e o desconhecido a frente.
A sabedoria indiana milenar diz que ai está o segredo da realização: encarar o desconhecido, desbrava-lo...
Vou, caminhando contra o vento, sem lenço, sem documento...Um momento único...
Eu, um poeta sensibilíssimo...Que será de mim? Nunca escrevi um poema sem ter antes sentido as dores do mundo!!! Estou em busca, estou em poema-vida.
Sinto que a coragem toma meu peito e o faz avante!
Eu, um guerreiro feroz...
Vou em busca de uma flor. Lótus d´alma. Se puder admira-la em sua essência, tocarei minha essência.
Sei que agora ainda há muito por construir. Mas ainda chego lá.
Construindo, construindo, quem sabe um dia arranho o céu???