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quarta-feira, 23 de abril de 2008

Isto ocorre de FATO!




Hoje, ainda cedo, enquanto dormia, pude vivenciar diversas experiências míticas relacionadas com a minha realidade consciente. Uma verdadeira viagem ao mundo dos símbolos, signos e mitos que permeiam minhas ações e opções.

Sonhava com uma praia revolta e surfistas surfando com coragem beirando a loucura. Havia sol e eu andava de lá pra cá, de carro, pela estrada que beirava a praia já invadida por suas águas, ondas e correntezas. Tudo era normal, mas havia um sentimento profundo estranho. Eu procurava diversão, prazer sexual, penso e sinto ser tudo relacionado com a reprodução natural (e muitas vezes ignorante!) da espécie. Todavia, havia aquele sentimento de que as coisas não iam bem. Havia uma ignorância geral em torno daquele "estilo" de vida. As águas buscavam muitas pessoas enquanto outras pareciam se divertir na beirada da praia. As ondas muitas vezes se chocavam com a parede que fazia altura sustentando a sociedade nos quiosques de diversão, bebidas e prazer logo ali em frente do mar revolto. E ali eu estava. Aquele sentimento ainda me penetra agora enquanto escrevo.

Repentinamente, como é praxe no mundo dos sonhos, me encontro visualizando outro paradigma mítico. Numa encosta, no que parecia ser uma ilha, um homem treina habilidades de defesa, numa luta que parece ser contra ele mesmo. Corpo atlético bem forte, cabelos longos em trança, oriental. É "soprado" em minha mente a sua história: tratava-se de um dragão envenenado pela criminosidade do prazer desmedido, da bebida, sexo, etc. (Hoje, por sincronicidade interessante, há uma frase no meu orkut: A sociedade prepara o crime, o criminoso o comete.) Por isso, essa foi a imagem que tive desse homem: a de um lutador, forte, lutando contra sua sombra, numa luta tão solitária que por si nunca venceria apesar de todas suas qualidades.

Adiante, esse homem realiza uma busca por ajuda num caminho muito rápido. Uma velocidade como da água por um ralo, algo impossível de conter. Um desespero.

Novas imagens surgem em minha mente. Visualizo um penhasco muito alto. Um paredão coberto de neve com fendas muito estreitas. No alto do paredão duas crianças magras, carecas, vestidas de mantas cinza-azul-claras, dependuram-se por entre as fendas no que parece ser algum tipo de treinamento insano. Apesar da incomensurável dificuldade que o obstáculo oferece para essas crianças, que estão escalando esse paredão gélido sem cordas ou qualquer equipamento de proteção, elas, por uma fração de tempo, comunicam-se sobre um sentimento sub-consciente mútuo da chegada de um dragão em suas noosferas (campo mental ou area mental que comporta o mundo inconsciente de símbolos, signos e mitos). Essas crianças são monges Shaolin.

O interessante é que apesar do imenso perigo e dificuldade que essas crianças estão enfrentando, não há o mesmo sentimento em minha mente como houve nas imagens da praia revolta. O sentimento aqui é extremamente sacro. Existe, na imagem dessas crianças escalando o paredão do mais alto e gélido penhasco, um caminho de superação, transformação e transcendência de consciência que só a experiencia empírica pode experimentar por completo.

Tudo isto tem a ver com o meu momento no agora.

Estas imagens estão por trás da manifestação em corpo, ações e realidade que sou e que opero.

Saindo da realidade mítica e pisando no agora e na realidade objetiva, fico muito feliz quando vejo imagens reais do templo shaolin em Henan que foi preservado em suas construções. Pena que hoje por lá domina a ignorância comunista que poderia até mesmo dominar em toda a China, porém, redutos budistas como esse templo e outros em todo Tibet são centros de desenvolvimento de consciência, o que parece ir contra o direcionamento desse regime dualizador político da China comunista. Por isso em nenhuma instância posso ser a favor desse regime.

Finalmente, estou acordado. O paradigma shaolin, enquanto desbravador e iluminador de consciência está, e sempre estará, vivo a qualquer momento que eu queira acessa-lo em minha mente e assim encontrar outros que também acessam. ESTOU VIVO E O PENHASCO ESTÁ BEM A MINHA FRENTE.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Amor&Tantra


O fundamento do amor&tantra é transdisciplinar. Tem a ver com a essência motivacional. Por exemplo, como a dos celibatários.
Se a motivação provém de uma verdadeira experiência em profundidade, que trouxe não uma mera curiosidade, mas uma real necessidade de acolher, de encontrar, de unificar, de silenciar para vivenciar o sagrado, tocar a fundo em sensibilidade. Então, a mesma naturalidade que levou outros no passado a investigar essas substâncias da mente nos atos do amor, levarão você por este caminho.
No amor&tantra não existem posturas pré-definidas. Posturas se tornam dogmas da manifestação humana. Basta que as pessoas em questão queiram verdadeiramente sentir o gosto da interioridade e profundade e sejam libertas dos dogmas paragmáticos da educação, doutrinas e religiões, e de preconceitos.
Em verdade é preciso maturidade, sinceridade e confiabilidade.
O entendimento básico, de maturidade, é que os atos do amor (e também sem amor latente) dispendem uma energia poderosa que poderia ser canalizada para diversas outras atividades benéficas. São estímulos primários do instinto e por isso concorrem para um estilo de vida e manifestação primata. Um "macaco" que pensa limitadamente em relação ao seu potencial sapiens: esse é o ser humano primata do agora. Ou seja: por que estimular impulsos primatas num contexto tão complexo que estamos inseridos? Não é mais uma vida na natureza básica ambiental. A "coisa" mudou bastante.
Finalmente, o amor&tantra é simples: mesmo com a penetração e contato do "yang com yin", havendo confiabilidade e saúde não há porque não haver, as pessoas em questão devem se dispor a interiorizar seu contato, seus toques. O contexto é meditativo e sagrado. Não deve existir movimentação primária. Deve haver cuidado nas atitudes e silêncio nas ações. Não digo o silêncio da fala, até porque deve haver concentração nas carícias, emoções, sentimentos e suspiros do amor&tantra, mas a excitação deve ser sempre equilibrada para que o ato seja o mais prolongado o possível.



Bem, para bons entendedores meia palavra basta e um gesto diz mais que mil palavras.



quarta-feira, 2 de abril de 2008

VISITA DO MONGE MONTEIRO À GUARATINGUETÁ






Wu, conceito antiquíssimo chinês. Ideograma que contém simbolos do diálogo, da discussão, do conflito, da agressão e de uma arte que existe para retornar o fluxo ao termo do primeiro instante: o diálogo pacífico.

Conceito mais antigo, muito mais, que o próprio templo Shaolin e o surgimento do budismo na China.

Época áurea, trocas filosóficas e práticas entre indianos, chineses, etc. A europa cogitava, por esses tempos de cidades já com centenas e até milhares de pessoas no oriente, sair das cavernas e das tocas.

Sofisticação educacional ao extremo, wu: ideograma de ética, estética e praticidade na arte de se defender e defender a lucidez das ações tomadas pelo bem e para o bem.

Depois que o ocidente deu seu salto na organização social, e o oriente declinou com stagnação, novos conceitos foram se cristalizando, um desses o conceito espartano de "artes marciais".

Marcial vem do deus Marte, da guerra. O causador dos conflitos, o implacável e impiedoso. Isto tem muito a ver com vale-tudo, campeonatos e a postura e didática dos muitos professores de "artes marciais" de hoje em dia aqui no ocidente, e os "modernos" do oriente: SÃO CAUSADORES DE CONFLITO E NÃO-SOLUCIONADORES. Raríssimos são os mestres e professores que ainda fluem o verdadeiro conceito wu.

Existia um mito no ocidente, uma deusa mais apropriada para analógicamente ser comparada ao conceito wu, é a deusa ATENA. Era a Deusa grega da sabedoria e das artes conhecida como Minerva pelos romanos. Atena era uma Deusa virgem, dedicada a castidade e celibato. Era majestosa e uma linda Deusa guerreira, protetora de seus heróis escolhidos e de sua cidade homônima Atenas. Única Deusa retratada usando couraça, com pala de seu capacete voltada para trás para deixar a vista sua beleza, um escudo no braço e uma lança na mão. Era também a deusa da sabedoria e da justiça.

Finalmente, posso ((Túlio)Samadhi) assim estabelecer que a essência da arte, da metodologia e didática que leciono com o nome de Bei Shaolin Kung Fu WuShu é uma arte "Ateniense" ou "Atenal", ligada a valores funcionais tradicionais antiquíssimos e relacionada diretamente ao Zen e desprovida de qualquer ligação ideológica passiva ou ativa com o atual regime político centralizado em qualquer país, principalmente na China.

OBRIGADO PELAS ELUCIDAÇÕES QUERIDO PROFESSOR E MONGE SATYASIDDHI!

terça-feira, 1 de abril de 2008

NAMO COEN : CASA DE PROGRAMAS


(TEXTO RETIRADO DO SITE:www.monjecoen.com.br)


Um mulher normal em uma boate de strip-tease é estranho. E uma monja? A budista Coen aceitou o desafio do iTodas e foi conhecer uma casa noturna. Ela nos contou tudo o que achou do lugar e das pessoas que viu no local
Por Victoria Bensaude
“Eu nunca tinha visto sexo ao vivo”, confessa Monja Coen, a fundadora da Comunidade Zen Budista, em São Paulo. Os budistas acreditam que a meditação é a chave para a concentração na vida. Agora imagine essa monja em uma casa noturna no centro da cidade. Por mais estranho e sem sentido que isso pareça, foi o que aconteceu.
O objetivo era mostrar um universo diferente, onde existe mulheres nuas e sexo explicito, além de registrar os pensamentos de uma pessoa com uma cultura tão pacífica e calma. Então na sexta-feira (29/02), a redação do portal iTodas passou no templo budista e levou a Monja Coen e sua aluna Waho para “passear” próximo à rua Augusta (point tradicional das mulheres da vida).
Sem esperar o que iria encontrar, ela tinha o receio que os homens não deviam ser muito simpáticos com uma religiosa. “Uma vez um monge da minha linhagem foi visitar um local como este e ele disse que os homens brasileiros eram rudes e grosseiros com as mulheres”, comenta.
Como toda casa noturna, havia bastante valorização de mulheres nuas e do sexo. Quando ela entrou, foi a primeira a reparar o palco com três a quatro mulheres em roupas íntimas dançando, além dos filmes pornográficos pesados (mesmo!) que passavam nas televisões do local.
A Monja Coen achou que tinha visto tudo, mas o tudo ainda era pouco. Após meia hora no local, a luzes apagaram e apenas um holofote iluminava o palco. Começava um show erótico entre duas mulheres. Fantasiadas de bruxas, as duas apresentaram um “espetáculo” íntimo, trocavam carícias mais picantes. “Ao vivo, eu nunca tinha visto, apenas em filmes e já tinha ouvido falar, e eu acho que esse show é importante para a gente ver. É uma energia muito primária. No momento que os homens entram esta casa, o que existe é só sexo.”
Sem abalos
A reação esperada era de choque, de espanto, mas para a surpresa de todos, Coen se mostrou uma pessoa de cabeça aberta. “Temos muitas reflexões sobre o ser humano quando vamos a algum lugar assim. O que é o sexo para o ser humano. Eu sou uma mulher de 60 anos, já tive uma vida sexual ativa, tive filhos, já casei várias vezes. Não é um coisa que me deixou tão chocada. Posso dizer que foi uma viagem para o passado, e que hoje está muito distante de mim. Este é um lugar que estimula a sexualidade. E nós somos aqueles que nós mesmos estimulamos. A casa tem uma visão masculina.”
O que mais a intrigou foi a vida que aquelas meninas deviam ter. Ser uma garota de programa é uma profissão complicada, e às vezes, era a única escolha que ela possivelmente tinha. “Eu comecei a refletir como é o trabalho dessas meninas. O que é a vida delas? Que necessidades isso traria a uma pessoa? Há prazer no trabalho? A verdade é que elas fazem porque o mercado existe. As prostitutas têm um valor muito importante na paz social e harmonia de uma família. Tantas coisas que os homens têm fantasias e não realizam com noivas, esposas e namoradas, portanto pagam para outras mulheres fazerem”, imagina a monja.
A verdade é que o sexo é muito liberado na sociedade, e isso está acabando com o seu valor. Para muitos o ato sexual já se tornou algo banal e encontrado em qualquer lugar. “A sexualidade foi muito liberada e perdeu o estímulo natural, perdeu a graça. E o homem precisa de artifícios para pode ter um estímulo. Mas agora eu penso será que esses seres humanos são felizes?”, conclui Coen.


Canção das Monjas

Mulher livre,

Sê livre assim como a lua é livre do eclipse do sol.

Com uma mente livre,

Sem qualquer dúvida, aproveite aquilo que te foi dado.

Liberte-se da tendência de te julgares superior,inferior, ou igual aos outros.

Uma monja que tem auto controle e integridade

encontrará a paz que nutresem causar excesso.

Sê plena de coisas boas

Como a lua no dêcimo quinto dia.

Completamente, perfeitamente cheia da sabedoria

Que rasga e abre a maciça escuridão.

Eu sou uma monja, treinada e tranquila,

Estabelecida na plena atenção,ingressada na paz como uma flecha.

Os elementos do corpo e da mente

Tornaram-se tranquilos, e a felicidade chegou.

O apegar-se a tudo por prazerfoi destruído,

A grande escuridão foi completamente rasgada

E a morte, esta também, foi destruída.

(Terigatha - tradução de Murillo Nunes de Azevedo do inglês de Suzan Murcott)